
A menopausa traz diversas mudanças para o corpo, inclusive para a saúde vascular. Durante esse período, a queda nos níveis de estrogênio afeta a circulação sanguínea, contribuindo também para o surgimento de varizes que são veias doentes que, devido ao mau funcionamento e a dificuldade de mandar o sangue de volta ao coração, se tornam dilatadas e tortuosas.
A falta dos hormônios sexuais femininos afeta as paredes das veias, fazendo com que elas fiquem mais suscetíveis ao enfraquecimento e inflamação. Além disso, um dos sintomas dessa fase da vida é a perda da massa muscular, o que torna os músculos, em geral, mais fracos, inclusive os da panturrilha, dificultando o retorno sanguíneo ao coração.
Assim, esses fatores favorecem muito o surgimento de varizes ou, até mesmo, o agravamento daquelas já existentes. Logo, se não receberem o devido tratamento, essas veias já comprometidas podem acarretar em casos mais graves, como inflamações (flebites), trombose venosa ou dermatite ocre.
Estudo
Um estudo recente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) mostra que cerca de 78% das mulheres acima dos 40 anos estão sujeitas a desenvolver varizes na menopausa. A médica vascular da Plenapausa, Aline Lamaita, explica que, por muito tempo, as varizes foram associadas como “doença de pessoas mais velhas”. “É algo crônico que precisa ser tratado, porém muitas chegam para mim apenas reclamando da questão da estética. Acredito que temos que nos tratar, ir atrás de ajuda, se cuidar, mas também aceitar o corpo que temos. É importante não deixar de curtir os momentos e a vida por causa da aparência física”, diz.
Fonte: Aline Lamaita, médica vascular da Plenapausa
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