As farmácias mudaram. Há algum tempo novas categorias de produtos vêm ganhando espaço em gôndolas para atender às atuais necessidades do shopper que está sempre em busca de mais conveniência e de uma experiência de compras completa e positiva.
A sócia fundadora da Mind Shopper, Alessandra Lima, destaca que a realidade do sortimento adotado pelo varejo farmacêutico brasileiro mudou, significativamente, na última década.
Para ela, é bem perceptível que o mix praticado está mais abrangente e penetrou categorias que, no passado, não eram exploradas. E isto se torna uma ótima oportunidade para farmácias atraírem uma nova amplitude de público e recrutar cada vez mais visitantes para os pontos de venda (PDVs).
Assim como em qualquer loja, o checkout de farmácia é um local de grande visibilidade, tornando-se ideal para a aplicação de estratégias que aumentem as vendas.
“Quase todos os clientes que entram em uma loja acabam passando pela área de checkout e, entre eles, poucos passam sem perceber os produtos ali expostos. Assim, nada melhor que otimizar esse espaço para que ele gere compras por impulso, que são aquelas não planejadas, provocadas por interesses ou lembranças repentinas. É dessa forma que as vendas acontecem”, comenta a mentoring empresarial, palestrante e consultora de empresas, Silvia Osso.
Ao olhar para o sortimento, Alessandra comenta que o canal farma deve ter uma variedade eficiente de produtos adequados, levando em consideração os que são sazonais e o grupo de produtos/categorias que são fixos, ou seja, que vendem o ano todo.
O aspecto mais importante em relação à organização da seção bonbonnière é o que diz respeito aos cuidados com o visual do setor. “Sabemos o quanto cada um dos sentidos influencia as decisões de compras: 83% são da visão; 11%, da audição; 3,5%, do olfato; 1,5%, do tato; e 1%, do paladar. Por isso, manter o checkout organizado e visualmente atrativo é essencial para aumentar o tíquete médio da farmácia”, orienta Silvia.
Segundo ela, agrupar produtos relacionados é importante, não só pelo aspecto visual da organização, mas porque pode fazer com que o cliente leve mais de um item. “Imagine, por exemplo, que uma consumidora acaba de pegar um bombom no checkout e, ao caminhar um pouco mais, pode encontrar uma caixa de bombons com visual mais atraente: com certeza poderá optar pela caixa com valor agregado mais alto”, comenta.
Por fim, resume Alessandra, há alguns tipos de itens, como os ocasionais, que envolvem as categorias que têm menor penetração, menor frequência de compra; em geral, tanto os produtos em si, quanto as marcas, acabam deixando mais lucratividade, aumentam o tíquete da farmácia. Então, são categorias que mesmo que girem menos, podem ser trabalhadas de uma forma estratégica, justamente para alavancar o tíquete das pessoas que já foram à loja comprar outros itens de maior penetração/consumo.
Seis dicas para explorar o checkout na farmácia
Fonte: Guia da Farmácia
Foto: Shutterstock
