Crescimento das dietas restritivas

Por Guia da Farmácia 7 de outubro de 2024 Atualizado em: 07 de outubro de 2024 Nenhum comentário 2 Minutos de leitura

O mercado de produtos sem glúten e sem lactose tem crescido significativamente em procura nos últimos anos, refletindo uma maior conscientização sobre intolerâncias alimentares e preferências dietéticas. E esse crescimento também denota uma ótima oportunidade para as farmácias, trazendo insights para sortimentos capazes de atender às novas demandas.

Para contextualizar o tema, a dieta sem glúten está indicada para portadores de Doença Celíaca, que é uma intolerância permanente ao glúten, ocasionando um processo inflamatório no intestino delgado e consequente má absorção de nutrientes. Nesses casos, este tipo de dieta é obrigatório para remissão do problema¹.

Com base na prevalência mundial, a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra) estima que o País tenha, aproximadamente, 2 milhões de celíacos, sendo que a grande maioria ainda não tem diagnóstico².

Já a intolerância à lactose é resultado da falta da enzima lactase, produzida no intestino delgado, que tem a finalidade de decompor o açúcar do leite em moléculas menores, como a glicose, para que possam ser absorvidas³.

Com a deficiência ou ausência dessa enzima, a digestão da lactose torna-se difícil e chega ao intestino grosso inalterada, sendo fermentada por bactérias e produzindo ácido láctico e gases³.

Além disso, a presença de lactose no intestino grosso aumenta a retenção de água, podendo causar diarreia e cólicas³. Acredita-se que sete em cada dez pessoas tenham intolerância à lactose; e aproximadamente 80% delas nunca receberam um diagnóstico médico4.