Levantamento divulgado pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos) mostra que, em 2023, os biossimilares alcançaram um crescimento expressivo nas vendas. De acordo com os dados, foram comercializadas aproximadamente 892 mil unidades de biossimilares, o que corresponde a um aumento de 43% em relação ao ano anterior.
O medicamento biossimilar é produzido conforme um biológico já existente, com a patente expirada. Ambos são obtidos a partir de células de organismos vivos geneticamente modificados para secretarem proteínas de interesse, como bactérias, fungos, vírus e células vegetais. Com ação terapêutica direcionada, podem ser muito positivos no combate a neoplasias e à artrite reumatoide. Pessoas com diabetes, psoríase, hepatites e outras doenças crônicas também são beneficiadas pelo uso desses medicamentos.
Alternativas assertivas
Em um mercado farmacêutico em constante evolução, esses medicamentos estão ganhando destaque por se apresentarem como alternativas mais assertivas no tratamento de condições oncológicas, endócrinas e angiológicas. Entre os biossimilares mais vendidos no Brasil estão a insulina glargina, utilizada no tratamento de diabetes tipo 1 e tipo 2, a enoxaparina sódica, anticoagulante para trombose, e o hormônio de crescimento chamado somatropina.
Veja a lista:
- Insulina glargina
- Enoxaparina Sódica
- Somatropina
- Rituximabe
- Trastuzumabe
- Adalimumabe
- Filgrastima
- Infliximabe
- Etanercepte
- Pegfilgrastima
De acordo com Tiago de Moraes Vicente, presidente-executivo da PróGenéricos, o crescimento reflete a demanda por mais alternativas de tratamento para diversas condições de saúde. “A expectativa é que o mercado de biossimilares continue a expandir, impulsionado pela inovação e pela necessidade de tratamentos acessíveis. A tendência é que mais medicamentos sejam aprovados e oferecidos como biossimilares, contribuindo para uma maior democratização da saúde” explica o presidente.
Segundo a PróGenéricos, embora o crescimento seja promissor, existem desafios, como a necessidade de mais educação sobre biossimilares e a superação de barreiras regulatórias. O desenvolvimento contínuo de políticas e iniciativas educacionais podem ajudar a maximizar os benefícios desses medicamentos.
Fonte: Conselho Federal de Farmácia (CFF)
Foto: Shutterstock
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