
A ruptura é um dos principais problemas do mercado varejista. Para se ter ideia do desafio que as empresas enfrentam, alguns segmentos do varejo chegam a ter um índice de ruptura acima dos dois dígitos.
Resumidamente, o processo de ruptura decorre da falta de produto na gôndola e resulta na substituição do produto por outro similar, cancelamento do pedido ou aceitação da compra sem o produto desejado, o que reduz o valor final da transação.
Justamente por isso, é um desafio para o varejo reduzir a incidência de tais ocorrências.
Todavia, apesar dos desafios, alguns setores têm adotado estratégias que permitem a redução dessa fricção na jornada de compra, como é o caso das drogarias e farmácias.
Portanto, para diminuir a ruptura, diversas drogarias têm apostado em dark stores, lojas que não atendem ao público final diretamente.
E são, contudo, utilizadas apenas para armazenagem de produtos e apoio logístico às operações virtuais.
Dados exclusivos coletados pela Logstore em sua base indicam que a estratégia tem funcionado.
Em uma amostra de 225 mil pedidos processados, a ocorrência de ruptura chegou a 5%.
Sendo que o número vem caindo ao longo dos meses atingindo a sua melhor performance em 2%.
“Ao analisarmos os dados do segmento de drogarias e farmácias, percebemos uma estabilidade ao longo do ano de 2022 nos índices de rupturas, uma das razões que atribuímos a esse desempenho é o uso das dark stores, sem dúvidas”, afirma, então, o CEO da Logstore, Helson Santos.
O executivo prossegue, explicando as diferenças entre os processos de venda no físico e digital.
“O consumidor final tem sempre preferência em decorrência do virtual. É justamente por isso que muitos segmentos do varejo têm altas taxas de ruptura. Então, entre separar um determinado produto para um pedido online que acabou de chegar e vendê-lo para o cliente que está presente na loja física, o vendedor provavelmente escolherá a segunda opção”, prossegue.
Concorrência
Todavia, com as dark stores, esse problema de concorrência não existe mais.
“Como a loja não atende o consumidor final, o pedido de compra feito pelo e-commerce tem maiores chances de ser concretizado, uma vez que o produto realmente está na loja e o único meio de ter acesso a ele é pelo site da empresa”, explica.
De acordo com os dados da Logstore, a taxa de ruptura nas drogarias e farmácias é de apenas 5%, sendo que apenas 3% desses pedidos são, efetivamente, cancelados, enquanto os outros 2% restantes são substituídos.
“Quando comparado a outros segmentos varejistas, em que o índice de ruptura pode ultrapassar até dois dígitos, o setor fármaco se destaca por manter um número relativamente baixo”, afirma. “É importante destacar que o investimento em tecnologia para integrar todos esses canais também tem contribuído substancialmente para a melhoria desses resultados”.
“Com o uso inteligente dos recursos tecnológicos disponíveis, juntamente com o apoio das dark stores, o setor de farmácias e drogarias consegue não só melhorar seu faturamento, com a manutenção de baixos índices de ruptura, mas também ofertar uma experiência ao cliente, que tem mais facilidade para conseguir os produtos que procura. É uma relação em que todos saem ganhando”, conclui.
Fonte: Logstore
Foto: Gabriel Reis