O fato de as mulheres ainda receberem salários menores que os dos homens não é novidade – o estudo mais recente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) indica que a diferença, em um mesmo cargo, chega a 30%. Mais alarmante ainda é o relatório realizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que afirma que a paridade entre os valores vai demorar pelo menos 70 anos para ser alcançada.
Pensando nisso, o site de relacionamento MeuPatrocinio.com fez uma pesquisa com 2.591 pessoas, entre as 28 mil mulheres e oito mil homens cadastrados, para descobrir quanto gastam com beleza e cuidados do corpo. Enquanto os homens usam menos de R$ 350 (o equivalente a 0,7% da média de salário dos entrevistados), a maioria das mulheres desembolsa, em média, R$ 1.480 (54% do salário).
O Departamento de Assuntos de Consumo dos Estados Unidos, inclusive, fez um levantamento no início deste ano que comprova a situação: em uma comparação de 800 produtos de igual efeito, mas com versões masculinas e femininas, os itens voltados às mulheres custam de 4% a 13% a mais.
É nesse sentido que o presidente interino Michel Temer levanta a questão da redução da idade mínima de aposentadoria para as mulheres. “A mulher, além de trabalhar fora, ainda faz o trabalho interno na sua casa, é mãe e às vezes cuida dos irmãos”, disse em uma entrevista em que defendia certas diferenças que as mulheres merecem.
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