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Notícias

63% dos homens ignoram primeiros sinais de incontinência urinária

Por Guia da Farmácia 25 de novembro de 2024 Atualizado em: 21 de novembro de 2024 Nenhum comentário 6 Minutos de leitura
descartáveis-incontinência-urinária

A incontinência urinária, mais comum nas mulheres, também é uma realidade para parcela significativa da população masculina. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, 15% dos homens acima de 40 anos têm gotejamentos involuntários em diferentes ocasiões e, mesmo assim, o tema ainda é considerado tabu. Nesse sentido, TENA, marca de produtos para incontinência urinária adulta da empresa sueca Essity, lança seu primeiro estudo com homens brasileiros, intitulado “TENA: Incontinência urinária e hábitos de saúde masculina”.

A pesquisa foi realizada pela MindMinders, sob encomenda de TENA, com o objetivo de mapear dados sobre o assunto, além de educar a população sobre estratégias para administrar os gotejamentos espontâneos e, assim, aumentar a qualidade de vida de quem convive com a condição. Foram entrevistados 238 homens  entre 31 e 40 anos (34%) e mais de 41 anos (66%), distribuídos em todas as regiões do país e representantes de diferentes classes sociais.

Quase metade dos entrevistados (46%) considera incontinência urinária um tabu. No entanto, 63% conversam sobre o tema “sempre” ou “as vezes”, sendo que 46% falam com médicos. 43% falam com esposa (o), 30% com amigos e 22% com farmacêuticos. O estudo conclui que o tema ainda é tabu, porque os escapes mexem diretamente com as emoções, como vergonha, ansiedade, preocupação, insegurança e medo.

Sinais de incontinência

O levantamento identificou que diante dos primeiros sinais de incontinência, 63% dos homens não deram atenção e acharam que era algo normal ou então viram que era algo diferente, mas não deram atenção na hora.

Os primeiros sinais relatados foram: perceber a cueca úmida ou molhada (44%), sentir que ia fazer xixi, mas não conseguiu segurar até chegar no banheiro (34%), e alguém percebeu que a calça ou shorts estava molhado (19%).

Os escapes de urina são pequenas perdas ocasionais, que podem ocorrer em diversos momentos cotidianos, principalmente antes e depois de ir ao banheiro. O estudo traz detalhes nesse aspecto: 32% relatam que a frequência dos escapes ocorre uma vez por semana ou menos e 62% afirmam que é em pequena quantidade.

“A incontinência urinária nos homens está geralmente relacionada ao tratamento cirúrgico do câncer de próstata, o segundo tipo de câncer com maior incidência no público masculino, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, e à bexiga hiperativa”, explica o médico urologista José Carlos Truzzi, membro da Divisão de Urologia do Instituto de Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho e diretor do Departamento de Disfunções Miccionais da Confederação Americana de Urologia (CAU).

“A incontinência urinária nunca deve ser considerada normal. A maioria dos casos é curável e é importante buscar um tratamento ao perceber os indícios iniciais, como perceber que a cueca está molhada ou sentir vontade de urinar e não conseguir segurar até o banheiro”, explica.

A forma transitória e reversível de incontinência urinária é mais comum e muitos buscam o tratamento. Segundo a pesquisa, 46% têm essa condição e sabem que é reversível, porém 22% não têm certeza e 18% relatam ter incontinência, mas nunca buscaram saber se é reversível.

O levantamento também constatou que:

  • 45% já fizeram, ou fazem, algum tratamento para incontinência urinária;
  • 31% fazem exame de próstata ao menos 1vez por ano;
  • 35% fazem exame de próstata com alguma outra frequência;
  • 33% nunca fizeram exame de próstata;
  • 71% afirmam conhecer a campanha Novembro Azul.

Impactos na rotina

O estudo mostra que 27% dos entrevistados disseram que perder urina interfere muito em sua vida diária, enquanto apenas 7% disseram que não atrapalha o cotidiano.

Diante desses impactos, os entrevistados fizeram mudanças para se adaptar à condição, tais como:

  • 49% mudaram a rotina de higiene da região íntima;
  • 38% passaram a tomar mais banhos;
  • 31% passaram a usar mais perfume para disfarçar o cheiro;
  • 29% diminuíram a frequência sexual;
  • 27% vão a menos eventos sociais que antes;
  • 25% diminuíram a ingestão de líquidos (água).

Produtos para incontinência urinária

A pesquisa releva que 41% dos homens decidiram usar algum tipo de produto para conter os escapes de urina depois que eles se tornam frequentes.

Entre os produtos não específicos usados para absorver os gotejamentos de xixi estão:

  • 41% dos entrevistados já utilizaram papel higiênico;
  • 27% papel toalha;
  • 26% lenço umedecido;
  • 23% duas cuecas ao mesmo tempo;
  • 23% short por baixo da calça;
  • 20% utilizam absorventes femininos, que não são adaptados para a anatomia masculina;
  • 15% fralda infantil.

Por outro lado, a pesquisa revela que 63% utilizam produtos específicos para incontinência urinária. Os entrevistados disseram utilizar itens como:

  • papel higiênico (31%)
  • Protetores absorventes descartáveis masculinos específicos para incontinência urinária (28%)
  • Roupa íntima descartável (27%)
  • Toalha umedecida – adulto ou infantil (25%)
  • Fraldas para adultos (24%)
  • Absorventes multiuso – pós-parto, pós-operatório (22%)
  • Absorventes urinários (19%)
  • Não utiliza nenhum produto (17%)

Comportamento de compra

De que forma os entrevistados conheceram os produtos específicos para incontinência urinária? O estudo aponta que 31% compraram na farmácia após indicação do médico; 27% compraram na farmácia após indicação de um amigo ou esposa, 19% compraram na farmácia por iniciativa própria e 17% ganharam uma amostra do médico. Apenas 6% afirmaram que a esposa percebeu o escape e comprou o produto para o companheiro.

A pesquisa também mostra que:

  • 52% dos homens fazem a compra por conta própria;
  • 32% pedem de vez em quando para outra pessoa comprar;
  • 16% dependem 100% que outra pessoa compre (esposa, filhos ou parentes próximos).

Conclusões

As principais conclusões do estudo de Tena e MindMiners mostram que o público masculino se mostra pouco resistente à conversa com profissionais da saúde e, principalmente, com a companheira.

Além disso, que a compra de muitos itens do lar é feita pela mulher, mas no caso de produtos para incontinência masculina, o próprio usuário toma a frente na decisão e compra.

Assim, cabe aos detentores do conhecimento sobre a incontinência urinária masculina orientar, e facilitar o caminho para a solução tecnicamente adequada à condição.

“O compromisso de TENA e da Essity é proporcionar soluções eficazes que promovam a qualidade de vida da população. No entanto, nosso trabalho vai além disso; buscamos também aumentar a conscientização e apoiar os homens na superação do estigma relacionado à incontinência urinária, assim como incentivá-los a cuidarem de sua saúde apoiando causas com a campanha Novembro Azul”, afirma Carla Girólamo, gerente de marketing de TENA no Brasil.

“Nossa missão é garantir a participação ativa das pessoas na sociedade, pois sabemos que a falta de conhecimento sobre a condição da incontinência pode provocar o isolamento social. Para isso, disponibilizamos produtos específicos para essa condição, com alta capacidade de absorção e controle de odor, para permitir que esses indivíduos vivam suas vidas com dignidade, conforto e segurança”, complementa a executiva.

Fonte: Tena

Foto: Shutterstock

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Exclusivo: Medicamentos para incontinência urinária crescem 22,7%

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